Erros na montagem e na condução dos 3 debates até agora prejudicaram os candidatos, mas suas assessorias também são culpadas, por terem se omitido durante as reuniões preparatórias
Os 3 debates entre os candidatos a governador realizados até agora – pela rádio Interativa, pela TBC e pelos sites A Redação, Diário de Goiás e Mais Goiás – mostraram falta de organização e condução repleta de erros pelos mediadores (um, sob pressão, chegou a desmaiar durante o evento), prejudicando, em última análise, principais envolvidos – ou seja, Ronaldo Caiado, Zé Eliton, Daniel Vilela, Kátia Maria e Weslei Garcia.
O que foi visto é uma tremenda falta de profissionalismo e muita improvisação. Na rádio Interativa, um pequeno estúdio ficou lotado de “assessores” dos candidatos, levando à expulsão do senador Wilder Morais, que compareceu, mesmo além da cota reservada a Ronaldo Caiado. Na TBC, mesmo sem estrutura, o estúdio recebeu mais de 100 pessoas, deixando o sistema de ar condicionado em sobrecarga – com o calor, o mediador desmaiou e provocou o encerramento brusco do debate. No “debate digital”, problemas parecidos com esses não ocorreram, mas de “digital” não houve nada, apenas se repetindo o formato tradicional e com o experiente mediador Altair Tavares cometendo erros seguidos, contabilizando, ao final, mais de 10 pedidos de desculpas. Em todos, houve desentendimento quanto as regras, corte irregular dos tempos de réplica e tréplica e tentativas de resolver com a aprovação dos candidatos, no voto e na hora, as dúvidas que iam aparecendo, o que só piorou as coisas.
A culpa, entretanto, não é só dos organizadores, mas também das assessorias dos governadoriáveis, que compareceram previamente a encontros com os promotores e não souberam esclarecer as regras e colaborar para evitar a sucessão de equívocos que acabou acontecendo. Para a imprensa goiana, o saldo é negativo.