Informações, análises e comentários do jornalista
José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

01 set

Depois que a campanha de rua – comícios, carreatas e caminhadas – mostrou não ter potencial para influenciar o eleitor, programas na TV são o que resta para Zé Eliton e Daniel

Desde o dia 16 de agosto que a campanha de rua está em andamento em Goiás, com os candidatos igualmente se empenhando em comícios, carreatas, caminhadas, adesivaços, bandeiraços e similares sem colher nenhum retorno nas inúmeras pesquisas publicadas desde então.

 

O Brasil, eleitoralmente, finalmente amadureceu: campanha de rua é perda de tempo. Não convence o eleitor. É relíquia do passado e não corresponde à sociedade da informação, ou seja, da internet e das mídias sociais.

 

O que resta, portanto, para que Zé Eliton e Daniel Vilela tentem de alguma forma reverter o favoritismo de Ronaldo Caiado e levar a eleição para o 2º turno, é o horário eleitoral na televisão. Mas aí as coisas só se complicam. Os dois – Zé e Daniel – teriam que ser políticos carismáticos excepcionais, dotados do poder da palavra e apresentados na TV em formatos inovadores, capazes de atrair a atenção dos goianos e mudar as suas intenções de voto, hoje majoritariamente definidas a favor de Caiado.

 

Infelizmente, nem Zé nem Daniel vestem esse figurino. E, pelos programas iniciais, não conseguiram se sair com qualquer novidade. Ao contrário, Caiado é que surpreendeu: até agora, apesar de ter o menor tempo, foi o que se exibiu na TV de modo mais afirmativo e também mais dinâmico. Na sexta, o democrata teve dois programas diferentes, enquanto Zé e Daniel repetiram à noite o que já havia sido mostrado à tarde. Enquanto o tucano se jactava do que foi feito nos últimos 20 anos e Daniel buscava se vender como um moço de família , Caiado avançou com o seu discurso de mudança – ampliando o efeito dos seus parcos 1m20seg no palanque eletrônico.

 

Mas o horário eleitoral só começou. Mais alguns programas e a tendência estará definida.