Marconi, que não é candidato ao governo e sim ao Senado, continua atacando Caiado, correndo o risco de perder votos e ver aumentada a sua rejeição – que já é gigantesca
Um erro grave de estratégia pode estar sendo cometido pelo candidato ao Senado Marconi Perillo, conforme anota em sua coluna no Diário Central o jornalista Divino Olávio.
Marconi, que não é candidato ao governo, insiste em fazer ataques pesados ao senador Ronaldo Caiado – ele já falou mal da família Caiado, citando fatos históricos distorcidos de mais de 100 anos atrás, e teima em afirmar que, em sua atuação de mais de 30 anos no Congresso, Caiado nunca trouxe “um prego ou um parafuso” para Goiás.
Tirando o equívoco dessas acusações, sem nenhum fundamento, que marcam o ex-governador com uma agressividade que ele nunca demonstrou em outras campanhas, quando sempre foi comedido e defendeu o debate de alto nível, o problema é que, para vencer a corrida senatorial, Marconi precisa de votos oriundos do eleitorado caiadista, maioria esmagadora, hoje em torno de 60% de todos os que vão comparecer às urnas (conforme as pesquisas).
Além disso, há na base governista uma certa preferência oculta por Caiado, que vem da admiração pelo seu nome e seu trabalho político e parlamentar e mesmo da tradição, uma vez que o democrata a ajudou a construir e a apoiou por anos e anos a fio. É por isso, inclusive, que ele está tão bem nas pesquisas. Esses setores entendem que há uma inimizade de caráter pessoal entre Caiado e Marconi, mas… nenhuma incompatibilidade entre Caiado e a base.
A estratégia de ataques do tucano-chefe, portanto, não passa de um erro cavalar, que compromete a sua eleição e estimula a sua rejeição, que já é gigantesca.