Efeito positivo que Marconi teve para a eleição de Alcides, em 2006, repete-se agora para Zé Eliton, mas como tragédia, isto é, como influência negativa que puxa o candidato tucano para baixo
Em 2006, o outro vice de Marconi Perillo que se transformou em governador e também se candidatou ao mesmo posto, Alcides Rodrigues, foi praticamente arrastado pelo prestígio popular de Marconi, que havia deixado o governo com mais de 80% de aprovação e disputava o Senado com 77% das intenções de voto, segundo as pesquisas (início de setembro) da época.
O criador do Tempo Novo exibiu toda a sua força e levou o seu candidato a uma vitória consagradora. Ele mesmo venceu para o Senado com mais de 62% dos sufrágios.
Mas a roda da história girou. Tudo o que Marconi foi para Alcides ele é agora para Zé Eliton, porém com os sinais trocados. Dono de uma rejeição estratosférica – em algumas pesquisas, quase metade dos goianos declaram que não votam nele de jeito nenhum –, o ex-governador não pode fazer nada de positivo para o candidato do PSDB, a não ser… puxar para baixo.
O desgaste de Marconi e a sua influência deletéria na eleição, com ele próprio correndo o risco de uma derrota para o Senado, não são propriamente uma novidade. Mas os níveis alcançados, sim. Ele se transformou em uma cruz que o Zé está sendo obrigado a carregar, como o principal fator negativo da sua campanha. E que pode esmagá-lo nas urnas.