Com familiares passando a versão de que ele está melhorando e seria descanulado da ECMO nesta terça, Maguito é submetido a mais uma medida heróica, a traqueostomia, e não dá sinais de avanço positivo
Enquanto as expectativas criadas pela coordenação de campanha, pela família e até pelos boletins médicos oficiais do Hospital Israelita Albert Einstein insistem continuamente em um prognóstico de melhora do seu quadro de saúde, o candidato a prefeito de Goiânia pelo MDB Maguito Vilela precisou ser submetido a uma traqueostomia, nesta terça, 24 de novembro, a cinco dias da data do 2º turno. Isso significa que a ventilação mecânica invasiva a que ele está sendo submetido, ou seja, a intubação, agora passará a ser feita por uma cavidade à frente ou atrás no pescoço, poupando principalmente a garganta e os órgãos situados na região, como as cordas vocais, do desgaste gerado pela prolongada passagem dos tubos que conduzem oxigênio aos pulmões.
Mesmo com esse novo procedimento, ele continua ligado a uma ECMO, a máquina de circulação venosa extracorpórea, que substitui as funções vitais do coração e dos pulmões dos pacientes canulados. Não quer dizer, necessariamente, que houve uma piora, mas provavelmente indica que o stress provocado por essas máquinas a que Maguito está conectado é grande e com certeza, ainda mais com essa nova intervenção, em havendo um restabelecimento futuro, deixará sequelas que poderão comprometer ao menos parte da sua vida normal- inclusive, caso vença, a atuação em um cargo pesado como o de gestor administrativo de Goiânia.
Como a traqueostomia não é uma boa notícia e como os boletins médicos oficiais do Albert Einstein adotam uma linguagem técnica e enxuta que não permite uma visão completa da evolução, para o bem ou para o mal, do candidato emedebista, mais uma vez fica evidenciado que disseminar informações favoráveis, sem amparo na realidade, é uma estratégia claramente adotada pela campanha e pelo filho Daniel Vilela para não prejudicar as intenções de voto no pai, todos se agarrando no termo “estável” – que está longe de indicar recuperação – a que o documento tem recorrido repetidamente. Nesse caso, a “estabilidade” pode significar também o nivelamento da saúde por baixo.