Domingo, 29 de novembro: o dia em que o voto em Maguito, lutando pela vida e incapacitado fisicamente, vai mergulhar Goiânia em uma aventura que ninguém sabe aonde vai levar
Embora às vésperas da eleição, a verdade sobre o estado de saúde do candidato do MDB a prefeito de Goiânia Maguito Vilela começou a aparecer – e passa longe do que o MDB, o filho Daniel Vilela e até mesmo os boletins médicos oficiais deixaram e deixam no ar. Em matérias nos principais veículos da imprensa nacional e até mesmo em O Popular, nesse último ainda que timidamente, as condições do paciente ilustre do Hospital Israelita Albert Einstein foram reconhecidas como gravíssimas, sem nenhuma evolução positiva e, pior, já com a certeza de que, sobrevivendo à Covid-19, terá pela frente uma lista de sequelas pesadas e, tudo correndo bem, um processo de reabilitação que pode até durar para o resto da sua vida.
Ou seja: Maguito dificilmente voltará um dia a ter condições para assumir o mandato de prefeito de Goiânia, que deve arrebatar nas urnas emocionalizadas da capital até o fim deste domingo, 29 de novembro. Uma data que vai mergulhar Goiânia em uma aventura cujo desfecho é imprevisível, porém com indicadores negativos. É que a vontade das eleitoras e dos eleitores não será cumprida, com o Paço Municipal sendo entregue – ou temporariamente, por um longo período, ou permanentemente – para o vice Rogério Cruz, um político do baixo clero que veio do Rio de Janeiro para Goiás há mais ou menos 10 anos.
Internado em São Paulo, o candidato emedebista sequer sabe que venceu o 1º turno. Ele está em coma induzida ou não, situação que as informações divulgadas pelo hospital não esclarecem. A redação dos boletins é técnica e econômica, repetindo, agora diariamente, as mesmas frases, só que, a cada nova emissão, acrescentando de vez em quando uma linha, sempre má notícia. A última é que o processo de hemodiálise passou a ser contínuo. Maguito está conectado a máquinas extracorpóreas que realizam todas as suas funções vitais, o que, por si só, em se recuperando do ataque do coronavírus, cobrará um preço alto durante o seu eventual restabelecimento. Não andará, não conseguirá comer e precisará de oxigênio puro, por um longo tempo. Segundo O Popular, terá insônia e depressão. A essa altura do rigoroso tratamento a que está sendo submetido, deve ter perdido uma massa corporal significativa. Não será fácil.
No Hospital Albert Einstein, a taxa de mortalidade da Covid-19 é de apenas 1,3% dos pacientes internados com a doença. Entre os poucos que acabaram passando pela ECMO, 12,5% perderam a vida. E não, não é um índice baixo. Ao contrário, é elevado. Alguns, quando o equipamento foi desligado, não conseguiram respirar por conta própria, depois de passado o prazo de 10 dias – que algumas fontes médicas definem como o máximo permitido com segurança. Uma conclusão é inevitável: o prognóstico para Maguito, assim que superar as agruras que está enfrentando, é igualmente crítico, desmentindo a campanha do MDB propagandeou de favorável, atropelando as expectativas da família e em especial as “comemorações” e a “alta nos próximos dias” seguidas vezes anunciada por Daniel Vilela e até mesmo os vídeos otimistas do médico-genro Marcelo Rabahi. Infelizmente, quem correrá o risco de ir para a UTI, no futuro próximo, é Goiânia.