Agora que a eleição passou, a verdade sobre o estado de saúde de Maguito precisa aparecer – porque é um assunto que interessa à governabilidade em Goiânia e à sua população
Não há mais nenhuma justificativa para que, agora, não apareça a verdade sobre o estado de saúde do prefeito eleito de Goiânia Maguito Vilela – assunto que foi transformado em tabu durante as campanhas do 1º e 2º turno e mantido na obscuridade pela ostensiva manipulação dos comunicados do MDB, pelas “comemorações” do filho Daniel Vilela e pelos vídeos otimistas do médico-genro Marcelo Rabahi. Nesse sentido, até mesmo os boletins médicos oficiais do Hospital Albert Einstein, instituição que se tem como acima de qualquer suspeita, contribuíram para manter um clima de mistério, ao recorrer a um conteúdo econômico em matéria de informações e a uma linguagem técnica que não deixa as coisas claras o suficiente.
A ‘black fraude” montada pelo MDB para impedir prejuízos às intenções de voto de Maguito quase foi para o beleléu no 2º turno, conforme se viu quando as urnas foram contabilizadas, com o candidato do PSD Vanderlan Cardoso reagindo espetacularmente a ponto de perder a eleição por pouco mais de 25 mil votos – crescendo quatro ou cinco vezes mais que o adversário. Isso mostra que, na véspera e na data da votação, baixou sobre o eleitorado a consciência de que a escolha de Maguito, incapacitado fisicamente e provavelmente sem perspectivas de recuperação a ponto de reunir forças para assumir o comando do Paço Municipal, poderia levar a um desastre administrativo, com a entrega da prefeitura ao vice Rogério Cruz, um político do baixo clero e sem nenhum desempenho anterior capaz de credenciá-lo para o desafio que em 30 dias será lançado nas suas costas.
É hora de fazer o que o MDB e Daniel Vilela evitaram durante o 1º e o 2º turnos: uma conferência médica aberta a perguntas de jornalistas, com o objetivo de deixar em pratos limpos todos os aspectos e detalhes relacionados ao caso de Maguito, em especial sobre as consequências que o tratamento pesado que está fazendo terá sobre a sua vida nos próximos meses e anos, na hipótese feliz de vir a vencer a doença. Afinal, além do paciente, uma cidade com mais de 1,5 milhão de habitantes também está com o seu futuro em jogo.