Caos, bagunça e ineficiência: prefeitura de Goiânia é incapaz de tocar o processo de vacinação anti-Covid-19 sem atazanar e exasperar os idosos e promover aglomerações nocivas
É um vexame. A prefeitura de Goiânia está nesta terça, 20, aclamada em todas as manchetes como incapaz de tocar o processo de vacinação anti-Covid-19 sem promover aglomerações perniciosas, irritar a população idosa supostamente beneficiária e mostrar a maior lentidão possível no acolhimento dos candidatos tanto à 1ª quanto a 2ª dose, em que pese a simpatia e a humildade das enfermeiras nas costas das quais foi jogada a responsabilidade de aplicar a imunização na linha de frente, sem a mínima condição prévia de organização administrativa para atuar com celeridade e eficiência.
Elas não têm culpa nenhuma. A vacina no braço, no final das contas, até que é rápida. O problema é o pré-cadastro, que gasta prolongados dois minutos em que o candidato à Coronavac ou à Oxford-Astrazenca fornece dados minuciosos, enquanto a atendente (são mulheres, em sua maioria) preenche fichas de papel que nunca mais vão servir para nada. Isso significa que, em cada posto de vacinação, por recepcionista, no máximo 30 pessoas serão despachadas por hora. As filas, desse jeito, não andam. E o povo se exaspera.
Por que, leitoras e leitores, a prefeitura ignora os avanços da tecnologia da informação e prefere registrar, em caneta e papel, o movimento de aplicação da vacina? Não tem sentido. E por que também não planeja a disponibilização de postos de imunização e e prevê a procura, quando há dados demográficos precisos para calcular o número quase exato de candidatos à injeção rendetora conforme as faixas etárias das goianienses e dos goianienses? O que impede que as vacinas sejam distribuídas com rapidez apenas mediante a apresentação de comprovação de idade e a declaração de cada um sobre se tratar da 1ª ou da 2ª? Por que provocar aglomerações e longas e absurdas filas, em um mundo automatizado onde tudo, absolutamente tudo, pode ser feito com agilidade nunca vista em outro estágio de desenvolvimento civilizatório e sobretudo respeito humano?
O prefeito Rogério Cruz, se tivesse um mínimo de autocrítica, deveria pedir desculpas pela lambança na vacinação contra a Covid-19.