Bônus para os professores, impostos para o agro
O bônus de fim de ano concedido pelo governador Ronaldo Caiado aos professores da rede estadual, em alguns casos equivalendo a mais de um salário, não o mínimo, mas o real de cada um, deixa totalmente clara e evidente a nova orientação política – quem sabe, ideológica? – assumida por Caiado depois que foi traído pelo agronegócio em Goiás na sua reeleição em primeiro turno para o Palácio das Esmeraldas.
Caiado conclui seu atual governo com a marca do atendimento prioritário ao social, seja a Educação, os Programas Sociais, a Segurança Pública e a Saúde, de onde saíram os votos para confirmar a sua recondução a mais um mandato. O tal do agro, que Caiado consumiu a vida defendendo, foi ingenuamente arrastado por uma paixão inconsequente pelo bolsonarismo e preferiu um extremista de direita como Major Vitor Hugo, desconhecido e estranho no ninho em Goiásh. Uma irresponsabilidade. Vitor Hugo, eleito, traria o abismo.
Para o 2º governo, como aponta a instituição do bônus para os professores, o governador vai dedicar o grosso dos recursos do Estado para as faixas carentes da população e para as políticas públicas de conteúdo progressista, sem descuidar da infraestrutura com o rio de dinheiro que virá da taxação da produção agropecuária. E aprofundar a constituição da sua base política entre o eleitorado de centro e até de esquerda, lembrando que Lula teve 40% dos votos das goianas e dos goianos.
O agro é passado. A vez é do social.