O esvaziado “protagonismo” de Mendanha
O ex-prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha tinha um argumento para justificar talvez o maior dos erros que cometeu na sua campanha: a recusa em se aliar ao ex-governador Marconi Perillo, que liderava na época as pesquisas para o Senado e levaria um partido capaz de acrescentar quase um precioso minuto ao tempo de propaganda no horário gratuito do rádio e televisão.
“Se ele vier, perderei o protagonismo”, justificava Mendanha. Na verdade, uma dissociação cognitiva para tentar sair do desgaste que foi a sua subordinação aos ditames do presidente estadual do então Patriota e seu marqueteiro Jorcelino Braga, figura politicamente exótica que foi muito maior que o ex-prefeito na campanha.
Pois bem: o tempo passou, Mendanha perdeu feio a eleição, já no 1º turno, e desapareceu. Não tem o que fazer, a não ser comparecer como convidado às inaugurações e lançamentos de obras do prefeito Vilmar Mariano em Aparecida. Passa o dia em casa recebendo secretários municipais para ouvir fofocas da prefeitura e colher informações.
Que protagonismo é esse?