Tarcísio de Freitas não quer Major Vitor Hugo por perto
Um único bolsonarista raiz foi chamado até agora pelo governador eleito de São Paulo Tarcísio Freitas para integrar o seu secretariado: trata-se do deputado federal capitão Derrite, do PL, cuja indicação abriu uma crise à sombra do novo poder em razão do hábito de espalhar fake news e de defender bandeiras da extrema-direita.
Capitão Derrite pode nem vingar e acabar substituído antes de assumir. Tarcísio Freitas quer distância de brigas ideológicas e segue montando uma equipe de auxiliares pautada por perfis equilibrados e livres do radicalismo que foi a marca do governo federal nos últimos quatro anos.
Por que se diz tudo isso aqui? Porque o deputado federal em fim de mandato Major Vitor Hugo espalha ter recebido convite para integrar a nova gestão paulista, porém prefere permanecer no seu emprego de consultor legislativo da Câmara dos Deputados e manter presença em Goiás.
Difícil acreditar, no entanto. Parece mais uma desculpa esfarrapada para buscar alguma valorização, depois da fragorosa derrota na disputa pelo governo goiano. Poucos bolsonaristas são tão intransigentes quanto o Major e isso hoje transformou-se em sinônimo de isolamento. Ele, inclusive, é um dos 10 parlamentares federais punidos com a suspensão de perfis nas redes sociais, por decisão do superministro Alexandre de Morais, por espalhar fake news e incitar a derrubada do regime democrático no Brasil.
Encrenca pura, que alguém ponderado como Tarcísio de Freitas jamais iria querer por perto.