O longo braço de Moraes pode chegar a Goiás? Já chegou
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Morais, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral, intensificou as ações de repressão aos bolsonaristas que perseveram em contestar o resultado das urnas e pedem a intervenção das Forças Armadas.
Seis Estados foram alvo de operações da Polícia Federal, determinadas por Moraes, entre prisões, tornozeleiras eletrônicas e ações de busca de apreensão de provas. Mais 168 perfis nas redes sociais foram suspensos. Goiás, nessa rodada, ficou de fora. Esperam-se novos passos da caça aos golpistas e é de se perguntar: políticos e ativistas goianos podem ser alcançados pelo longo braço do ministro-presidente do TSE?
Em primeiro lugar, registre-se: isso já aconteceu, pelo menos quanto ao deputado federal em fim de mandato Major Vitor Hugo e ao deputado federal eleito Gustavo Gayer. Eles tiveram perfis sociais bloqueados por conta de canetadas de Moraes. E foram avisados, no despacho que os atingiu: caso persistissem com publicações de conteúdo antidemocrático, mesmo através de terceiros, poderiam receber punições mais rigorosas. Que, aliás, estão aí: dois deputados estaduais do Espírito Santo são obrigados, a partir de agora, a usar tornozeleira eletrônica, para facilitar o monitoramento do que eventualmente fariam em desacordo com a lei e as determinações da Justiça Eleitoral.
Pelo sim, pelo não, o movimento golpista arrefeceu em Goiás. Vitor Hugo e Gayer estão mais mansos do que nunca. Aqui e ali, promovem postagens em linguagem moderada e não mencionam mais as teses contra as urnas e contra a eleição de Lula. Outros radicais também se tornaram mais prudentes, exemplo do destrambelhado deputado estadual Major Araújo, mais um boca suja que virou um gatinho nas redes sociais. O medo de entrar na mira de Alexandre Moraes é geral.