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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

22 dez

As dívidas de campanha e a sobrevivência mensal de Mendanha

Pela primeira vez em 20 anos, o ex-prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha está sobrevivendo sem um salário mensal. Igualmente, a esposa Mayara. Desde que completou a maioridade, Mendanha entrou e nunca mais saiu da folha de pagamento da prefeitura aparecidense, primeiro como funcionário comum, depois secretário municipal de Esportes, em seguida vereador, presidente da Câmara e prefeito por cinco anos e três meses, até a renúncia.

Para ajudar, o prefeito Vilmar Mariano prometeu criar uma Secretaria da Mulher, para a qual nomearia a ex-primeira-dama, com vencimentos em torno de R$ 17 mil mensais. Lento como um cágado, Vilmarzim ainda não tomou providências práticas para esse objetivo e o fato é que o casal Mendanha segue sem renda para enfrentar o dia a dia.

Acrescentem-se a esse cenário as dívidas que restaram da campanha fracassada, aquela que terminou com a reeleição do governador Ronaldo Caiado em primeiro turno. O ex-prefeito tomou um empréstimo de pouco mais de R$ 1 milhão de reais, para pagamento em parcelas a cada 30 dias, segundo justificou na época. Dinheiro para pagar débitos eleitorais, devidamente comunicado ao TRE. Lá, na página da prestação de contas de Mendanha, os gastos de campanha informados chegam a R$6.805.974,06. Desses, foram quitados 4.274.479,73, restando, portanto, exatos 2.531.494,33 em aberto. E sem a inclusão, neste total, do empréstimo dos tais R$ 1 milhão e pouco que ele contraiu.

Julgando-se por esses dados, a vida de Mendanha não está nada fácil.