Informações, análises e comentários do jornalista
José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

03 jan

A liderança do governo na Assembleia está redonda para Talles Barreto

No quarto mandato, com uma trajetória impecável na política desde os 18 anos de idade, o deputado Talles Barreto está redondo, redondo para ser escolhido pelo governador Ronaldo Caiado para a liderança do governo – mesmo porque tem o apoio do futuro presidente da Assembleia Bruno Peixoto e da maioria esmagadora dos colegas para exercer a função. Isso significa dispor da capacidade de articulação necessária para encaminhar os interesses do Executivo no âmbito do Legislativo.

Líder do governo não é pouca coisa. Só perde em importância para o presidente do Poder. Automaticamente, passa a ser o principal cotado para o comando da Mesa Diretora, no biênio subsequente, agora que a reeleição foi revogada.

Talles, desde a malfadada CPI da Saúde, foi o braço direito de Bruno na liderança. Assumiu a relatoria e enterrou em tempo recorde a CPI. Em seguida, relatou também todos os projetos de interesse do Palácio das Esmeraldas, desde aumentos para professores, a polêmica taxa do agro, o novo regime jurídico das organizações sociais, o Refis da AGR, dentre outros assuntos de destaque. Em todas as matérias, atuou em estreita sintonia com Caiado.

O deputado e o governador têm uma história comum que passa pelo antigo PFL, no qual Talles Barreto passou 14 anos. Saiu para viabilizar sua primeira candidatura a deputado, pelo PTB. Caiado foi seu padrinho de casamento. Em meados do seu primeiro mandato, o governador o chamou para a sua base parlamentar – e assim que se abriu a janela partidária, Talles retornou ao ninho, ou seja, ao União Brasil, pelo qual se elegeu para a próxima Legislatura.

Está pronto para a liderança do governo. Depende, claro, da decisão personalíssima de Caiado. Só tem um concorrente, Wilde Cambão, que tem a simpatia da primeira-dama Gracinha, mas é do PSD, não do União Brasil.