Candidatos de renovação a prefeito de Goiânia têm uma pedreira pela frente
As eleições para prefeito de Goiânia no ano vindouro contarão com candidatos já conhecidos, como o senador Vanderlan Cardoso e o prefeito Rogério Cruz, mas estão incluídos desde já, pelo menos no campo das especulações, nomes de renovação radical como o deputado estadual Lucas Calil, o presidente da Câmara Romário Policarpo e o secretário estadual de Infraestrutura Pedro Sales.
É indesmentível: seriam novidades, em um cenário que ainda está longe de uma definição. Lucas Calil é deputado estadual pela terceira vez, aos 34 anos, mesma idade de Romário Policarpo. Pedro Sales tem 39. Todos os três desenvolvem carreiras públicas sólidas, os dois primeiros com repetidas vitórias eleitorais e políticas, enquanto o terceiro transforma-se pouco a pouco no auxiliar mais poderoso – em termos de recursos e potencial administrativo – do governador Ronaldo Caiado.
Em 1998, na maior reviravolta de todos os tempos da história de Goiás, Marconi Perillo, aliás com 34 anos, enfrentou e inesperadamente fulminou Iris Rezende. Essa cambalhota mostrou que as eleitoras e os eleitores do Estado eventualmente estão dispostos a correr algum risco e apostar em viradas de mesa. Particularizando as coisas quanto a Goiânia, nem tanto. Mas postulantes como Pedro Wilson e Darci Accorsi, petistas, conseguiram sair do quase nada para ocupar a sala número um do demolido Palácio das Campinas, a antiga aberração arquitetônica construída por Iris na Praça Cívica.
Para os jovens agora teoricamente em condições de reivindicar o Paço Municipal, há uma pedreira pela frente. Universalizar a imagem é o maior obstáculo a vencer. Policarpo está em vantagem, diariamente cavalgando o topo do noticiário com as suas divergências com o prefeito Rogério Cruz. Lucas Calil se beneficia da exposição garantida pelo seu mandato e por ações proativas como a sua dedicação à defesa do meio-ambiente. É pouco. Já Pedro Sales nunca foi às urnas. Dependeria, assim, de uma futura divulgação do seu conceito como gerente eficiente. Isso costuma ter peso quanto a prefeituras pelo país afora.
Para nenhum deles será fácil, caso tenham a coragem de ir adiante.