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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

23 jun

Daniel Vilela é favorito para 2026 e não poderá disputar a reeleição: vaga de vice na sua chapa vale ouro

 

Endossado por um governador que bate 88% de aprovação popular nas pesquisas e ainda é apontado por 74% da população como detentor do direito de ver alguém de confiança sentado no Palácio das Esmeraldas na sequência do seu mandato, o atual vice e presidente estadual do MDB Daniel Vilela é reconhecido unanimemente como favorito para vencer as próximas eleições. Daniel disputará na condição de titular, já que assumirá o governo em abril vindouro com a saída de Ronaldo Caiado para concorrer à presidência da República, por um lado, e para liberar a primeira-dama Gracinha para se candidatar ao Senado, por outro.

 

 

A isso se somarão as qualidades pessoais inegáveis e a trajetória política intensiva e bem-sucedida, apesar da pouca idade, do filho e herdeiro de Maguito Vilela. Em resumo, uma rara coleção de fatores positivos, que desde já atribuem a Daniel Vilela o status de postulante mais bem colocado ao trono da Praça Cívica na próxima temporada – não por acaso, nem se conhecem outros. Pelo menos ostensivamente, não há nenhum adversário lançado desde já, o que permite ao delfim de Caiado transitar de modo suave e sem abalos rumo aos eventos decisivos que se darão no ano que vem e que têm tudo para uma conclusão favorável, ou seja, a sua vitória no pleito que se aproxima.

 

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Em relação a Daniel Vilela, as favas parecem contadas. O que está em aberto e motiva dúvidas é a indicação do nome a ser escalado para a sua vice. Será uma incumbência preciosa, já que, na maioria dos Estados, inclusive em Goiás, vices desfrutam de uma cotação elevada para a sucessão do governante que acompanham. Maguito Vilela foi vice de Iris Rezende. José Eliton, vice de Marconi Perillo. E agora o próprio Daniel é o vice de Caiado. São exemplos claros de que, como disse Caiado há poucos dias, a partir de 2030, “a manutenção das prioridades administrativas” do seu governo e do subsequente, de Daniel Vilela, na hipótese de eleito, terá peso estratégico total e torna incontornável desde já “identificar para a vice de Daniel aquele que vai dar continuidade à trajetória de desenvolvimento do Estado de Goiás”, nas palavras do governador.

Mais explícito, impossível. Caiado não só definiu um necessário perfil de confiabilidade do futuro vice da chapa governista, como também estabeleceu que a sua influência nessa escolha será fundamental. Talvez, levando essa interpretação a um limite extremo, dizendo que ele, Caiado, é quem fará a designação. E não há dúvidas de que ele tem, de sobra, esse direito, o que ninguém contesta, ainda mais agora que ele admitiu a perspectiva de que o segundo de Daniel Vilela será o primeiro da linha na sucessão de 2030. É por isso que esse posto se reveste de ouro puro, valiosíssimo e resolutivo para o futuro da política em Goiás. E quem o ocupar receberá também o privilégio de ter a chance de se tornar governador do Estado.