Candidato a governador não pode se envolver em eleição para deputado. Zé Eliton e Daniel Vilela cometeram esse erro e agora estão pagando um preço elevado
Quem tem experiência com eleições sabe que existe uma regra de ouro: candidato a governador não pode se envolver com o pleito para deputado.
É o tipo de atitude que não traz ganho nenhum. Vejamos 2 exemplos:
1 – Zé Eliton: resolveu lançar e apoiar um candidato a deputado estadual no Nordeste goiano, o advogado Warner Souza Barbosa, de Posse, o Vavá, ligado ao seu pai. Resultado: perdeu o deputado Iso Moreira (postulante à reeleição), expressão inconteste da região, que protestou abandonando o barco governista e levando para Ronaldo Caiado prefeitos e lideranças de 23 cidades.
2 – Daniel Vilela: barganhou o apoio de Iris Rezende para a sua candidatura a governador em troca da entrega dos colégios de Aparecida e Jataí para a tentativa de eleição de dona Iris Araújo para deputada federal. Resultado: perdeu o apoio do deputado Zé Nelto (também postulante a deputado federal), que hoje promove um colossal arrastão no MDB dos municípios a favor de Ronaldo Caiado.
Marconi Perillo, seguramente o político mais inteligente do Estado, jamais interferiu em eleições proporcionais. Pelo menos não ostensivamente. Estão aí Zé Eliton e Daniel Vilela colhendo os prejuízos de uma intromissão condenada pelos manuais mais simplórios da política.