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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

14 maio

Nos 96 anos de uma cidade esmagada pela falta de infraestrutura que massacra 80% da sua população, políticos dão show de demagogia ao “parabenizar” Aparecida

Poucas cidades brasileiras contam com uma população tão grande quanto a sua quase completa falta de infraestrutura, que penaliza 80% dos seus moradores, quanto Aparecida.

 

Mesmo assim, ao completar 96 anos, Aparecida ganhou um festival de “parabéns” vazios e demagógicos da classe política, omissa quanto a uma visão correta e objetiva da realidade do município – que é trágica. Chegou-se a mencionar uma suposta “prosperidade” da cidade, como se estivesse plantado ali um oásis de crescimento econômico e social.

 

Se já são mais de 600 mil habitantes, à grande parte são recusados até os serviços mínimos de saneamento básico e água tratada – conquista civilizatória. O atendimento de saúde é precário (90% da população depende do SUS). Sim, é verdade que houve e há uma explosão de empresas se multiplicando em Aparecida, mas, curiosamente, a maior queixa da população é a falta de empregos. A prefeitura é dirigida por políticos arcaicos. Ninguém é capaz de uma definição sobre o desenvolvimento de Aparecida e quais os caminhos a seguir.

 

Que me desculpem os aparecidenses – e não são eles os responsáveis pelo ambiente desastroso em que vivem –, mas, pelos 96 anos, na situação em que estão, merecem são pêsames.