Não adianta repetir, repetir que a situação financeira do Estado é boa, se parte da folha não é paga dentro do mês trabalhado. Este é um símbolo poderoso de que algo não vai bem
Herança da – trágica, diriam tanto funcionários públicos quanto expoentes do setor empresarial – passagem da economista Ana Carla Costa Abrão pela Secretaria da Fazenda, o parcelamento da folha de pagamento em duas etapas, uma das quais quitada apenas no dia 10, segue como símbolo maior de que algo, nas finanças do Estado, não vai bem.
Em comentário no seu site Diário de Goiás, Altair Tavares define muito bem essa questão: “Zé Eliton assumiu tendo pela frente graves problemas. A maior ameaça, sem dúvida, é a estabilidade na administração para que a folha de pagamento não tenha qualquer alteração para além do que já é praticado pelo governo de Goiás. O ideal para os objetivos de Eliton seria o retorno integral do pagamento dos salários dos servidores dentro do mês trabalhado”.
Ou seja, o articulista sugere que pode até ficar pior do que está e que o pagamento da folha pode vir a enfrentar atrasos maiores.
Há uma desconfiança no ar de que a situação financeira do Estado, apesar do esforço do então governador Marconi Perillo e do atual governador Zé Eliton em propagandear uma suposta tranquilidade, não é assim uma Brastemp. Seguidas quedas em rankings nacionais, inclusive da Secretaria do Tesouro Nacional, evidenciam que há problemas sérios, porém não de conhecimento público. Se a verdade tarda, chega o dia em que ela não faltará.