Criação recorde de vagas de trabalho faz de Goiás um “campeão de empregos”? Isso é um mito: o recorde que estamos batendo é de desemprego, com mais de 700 mil goianos sem ocupação formal
Desde os governos de Marconi Perillo que se instalou em Goiás um ritual, a cada mês, trimestre ou quadrimestre, para a comemoração da criação de vagas de trabalho formal, segundo um certo CAGED, cadastro de empregados e desempregados do Ministério do Trabalho.
A criação de vagas importa. No entanto, como isso impacta a contagem de desempregados, subocupados, subutilizados e integrantes da força de trabalho potencial? Esses, estavam em 661 mil goianos, segundo o IBGE, no final de 2017 – e vinham crescendo sem parar, o que significa que hoje já passaram de 700 mil pessoas, total recorde. E é estatística do IBGE, que tem muito mais credibilidade que esse dito CAGED, cujos dados estão sempre inflados.
Assim, estão, digamos assim, em situação de desemprego 17% da população economicamente ativa, acima de 3,5 milhões de goianos, também no final de 2017.
É gente demais. As 8.791 novas vagas que o governo estadual comemorou em abril não servem nem de refresco e representam uma insignificância. Sobre o desemprego crescente, não se diz nada.
É tema para a campanha eleitoral.