Dívida do Estado, hoje em astronômicos R$ 18 bilhões, será tema prioritário da campanha, levantado pelas oposições. Nem Marconi nem Zé Eliton sabem até hoje que resposta dar
A comunicação social do governo estadual adotou uma estratégia equivocada, que pode levar Zé Eliton à derrota. Os cortesãos se excedem na lisonja, no puxa-saquismo e na adoração do governador e do ex. São imbatíveis no culto à personalidade, mas incapazes de explicar a administração passada e de defender a atual com eficiência.
Nos últimos tempos, a questão da dívida do Estado entrou na pauta da oposição. E o deputado José Nelto, do Podemos, tem feito uma forte exploração demagógica da situação. Não é culpa de nenhum governador, mas ninguém no governo, nem Zé Eliton nem Marconi, tem dado as respostas corretas.
Goiás deve algo em torno de R$ 18 bilhões de reais, metade disso ao Tesouro Nacional. É uma dívida que, quanto mais se paga, mais cresce. É um problema político sério, que exige solução política.
Mas, repito, nem mesmo Marconi soube lidar com a questão, que vai virar tema exponencial da campanha. O governismo não consegue sair da defensiva para a ofensiva, Aliás, parece que sequer tem noção da gravidade do problema.
As obras que nunca terminam são outro caroço sério nesse angu. Há anos se arrastam o aeroporto de cargas, o sistema MB, a ponte do Cocalinho, Credeqs, hospitais, escolas etc. São obras importantes. Mas o fato de não se saber quando ficarão prontas deixa o governo politicamente vulnerável. Os ases da comunicação palaciana nem se dão conta disso. Em outubro, cairão das nuvens.(Helvécio Cardoso, jornalista)