Governo Marconi foi alertado sobre situação precária do centro de internação, assinou documento em 2013 comprometendo-se a resolver, mas não tomou nenhuma providência e deixou a bomba para Zé Eliton
Em 2013, o governo Marconi Perillo assinou um Termo de Ajuste de Conduta com o Ministério Público Estadual admitindo como inadequadas e inviáveis as instalações do Centro de Internação Provisória – CIP – do Jardim Europa, em Goiânia. No mesmo documento, assumiu o compromisso de construir novas unidades do sistema socioeducativo e o fechamento do CIP, já que ele funciona em um batalhão da Polícia Militar, impróprio para alojar crianças e adolescentes infratores.
Quase nada foi cumprido. O principal, que seria a desativação do CIP, item previsto na 1ª cláusula do TAC, foi deixado de lado, levando à tragédia anunciada que resultou nas mortes, até agora, de nove jovens internos. Eles viviam em condições insalubres, sem segurança, sem alimentação adequada e sem a assistência de técnicos educativos, conforme relatos neste sábado nos jornais, do MP, da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB-GO e da Defensoria Pública do Estado.
Não podia ser diferente: a bomba acabou explodindo no colo do governador-tampão Zé Eliton. O governo Marconi transformou o sistema prisional de Goiás em um inferno.