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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

01 jun

Zé Eliton deu sequência ao marketing de eventos de Marconi, mas isso está superado e não rende mais popularidade. Cheques para prefeitos são prática envelhecida

Em seus quatro mandatos, Marconi Perillo inventou em Goiás o “governo de eventos”: qualquer obra, qualquer programa, era primeiro lançado bombasticamente, depois motivo de atos e cerimônias interlocutórios e finalmente havia uma entrega dos resultados, em nova e pomposa solenidade. Tudo montado e apresentado como um show pirotécnico.

 

Isso corresponde a uma época, na política de Goiás, já ultrapassada. Acabou. Não tem sentido fazer cerimônias para assinar autorizações para isso ou para aquilo, mesmo porque a legislação do Estado sequer prevê a existência formal dessas “autorizações”.

 

No Brasil que está emergindo do caos dos últimos anos, uma nova realidade vem chegando: há exigência de mais ética, mais republicanismo, mais responsabilidade, menos marketing e mais moderação e compostura por parte dos governantes. Governar não é animar programas de auditório, na base do “quem quer dinheiro?”.

 

Mas Zé Eliton preferiu continuar com o marketing de Marconi. Não mudou nada. Apesar de repetir no seu discurso de posse, por três vezes, que “eu sou a mudança”, prosseguiu estrelando o mesmo ritual de eventos de sempre, como o desta semana em Goiânia, quando distribuiu cheques em tamanho gigante a prefeitos(na foto acima, solenidade de entrega de cheques ainda no governo Marconi).

 

Isso pega mal e afronta a cidadania dos goianos.