Zé Eliton insiste em se portar como governador, acaba preso a uma agenda morna, deixa de assumir a candidatura e evita um debate com os adversários que só beneficiaria a divulgação do seu nome
Alguém meteu na cabeça de Zé Eliton que ele deve primeiro se afirmar como governador, vendendo para a sociedade uma imagem de estadista, para depois se apresentar como candidato a mais uma temporada no palácio.
Isso mostra desconhecimento de estratégia e de história. Ninguém convence como governador em dois ou três meses, que é o tempo que Zé Eliton terá antes de ser ungido candidato pelas convenções dos partidos aliados. Menos ainda como estadista.
Não adianta argumentar com os 10% nas pesquisa Serpes/O Popular deste domingo, que deram a ele o 2º lugar: continua muito, mas muito distante de Ronaldo Caiado, em 1º com 38%. Em 2010, Alcides Rodrigues, outro poste de Marconi Perillo, já havia alcançado 17,7%, no mesmo mês de junho.
É óbvio que se mostrar como postulante desde já seria muito mais vantajoso para Zé Eliton. Ocuparia um espaço vago. É mais fácil. Não desperdiçaria os eventos que tem por conta da agenda de governador. Como é bom de palavra, debateria bem com os adversários, como Ronaldo Caiado, por exemplo, que tem mais tempo de estrada e mais nome que ele. Se houvesse um acirramento da campanha, o único beneficiado seria… Zé Eliton e não seus concorrentes, que já estão na rotina de criticar e atacar o governo, enquanto ele está no rame-rame neutro de administrar o Estado.