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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

16 jun

Indicação de Raquel Teixeira para a vice de Zé Eliton fecha chapa puro-sangue do PSDB e repete erro do PMDB em 1998, que levou à primeira grande derrota de Iris

Em 1998, o PMDB liderava uma grande coligação de partidos, tinha Iris Rezende na liderança das pesquisas e se comportava com a arrogância dos que têm certeza da vitória e julgam não precisar de ninguém para vencer as eleições.

 

Assim, o partido fechou uma chapa com Iris para governador e Romilton Morais como vice, ambos do PMDB. Para o Senado, como havia só uma vaga em disputa, o partido lançou outro peemedebista, Maguito Vilela e, pior ainda, como 1º suplente de Maguito escalou dona Iris Araújo.

 

Era uma chapa P.O. peemedebista e o resultado foi uma inesperada derrota diante do jovem Marconi Perillo, candidato da oposição.

 

Agora, tal como o PMDB daquela época, o PSDB também vem de uma longa temporada de poder – 20 anos, enquanto os peemeedebistas tinham 16 anos – e caminha para repetir o mesmo erro, ou seja, apresentar uma chapa majoritariamente puro-sangue, com dois tucanos – Zé Eliton e Raquel Teixeira – candidatos a governador e vice, mais um para o Senado, Marconi Perillo, e uma ex-tucana e atual PSB Lúcia Vânia, também para o Senado.

 

O critério para a escolha de Raquel Teixeira não é político e sim pessoal: ela é da confiança de Marconi e, havendo uma emergência, assumiria o governo como sua preposta pessoal. Se Zé Vitti, que também é do PSDB, ficar com a 1º suplência de Lúcia Vânia, mais ainda entre amigos tucanos ficará a chapa, isolando os demais partidos da coligação.