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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

02 jul

Governistas acham que Caiado “é o maior adversário de si próprio”, vai acabar cometendo erros e caindo nas pesquisas. Mas o tempo passa e, a 100 dias da eleição, ele caminha para vencer no 1º turno

A base governista sempre alimentou a esperança de que o senador Ronaldo Caiado, como candidato a governador, mesmo começando a campanha com uma média de 40% de intenções de votos nas pesquisas, acabaria tropeçando em suas próprias pernas (incorrendo em algum erro) e despencaria sozinho, permitindo a ascensão do candidato governista – no caso Zé Eliton.

 

É chavão nas rodas palacianas a frase: “Caiado é o maior adversário dele mesmo”.

 

Mas o tempo passa e Caiado não cai. Não comete os tais erros tão ansiosamente aguardados. Vai caminhando e ampliando a sua base de apoio, as suas alianças, as suas forças. Entoa um discurso sério, mas inteligível. Duro, mas comedido. Fala de um tema que é a própria essência de toda e qualquer eleição: a mudança (afinal, para que serviriam eleições caso não fossem para mudar?). Há todo um programa de governo contido aí, nessa palavra, que nem é preciso detalhar ou desvendar em excesso. Qualquer um entende o que é mudança.

 

Pesquisas se sucedem e Caiado continua inabalável em 1º lugar, com intenções de votos entre 38 e 41%, equivalentes a 61 a 64,1% dos votos nominais válidos, o que assegura a sua vitória no 1º turno, por enquanto, ou então uma vaga no 2º turno, em condição de superioridade.

 

É bom lembrar: foi oscilando mais ou menos dentro dessa faixa, Marconi Perillo pôs no bolso as eleições de 2010 e 2014.