Informações, análises e comentários do jornalista
José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

05 jul

Estratégia de Zé Eliton subverte a lógica de todas as eleições, em qualquer parte do mundo: como é que um governo que ninguém defende, nem o próprio governador, vai conquistar a vitória?

A lógica de toda e qualquer eleição majoritária, em qualquer parte do mundo, é uma só: compete aos candidatos defenderem a sua base e atacar o adversário, seja qual for a sua posição, ou seja, situação ou oposição.

 

Mas o governador Zé Eliton resolveu subverter esse nexo. Nem ele nem seus aliados defendem o seu campo nem muito menos atacam os adversários.

 

Ronaldo Caiado e Daniel Viela fazem exatamente o contrário. Insistem em seus pontos de vista e martelam impiedosamente o governo, diariamente, sem resposta. O que dizem vai ficando como verdade, já que não há contestação nenhuma.

 

Sem ninguém para defendê-lo, nem ele mesmo, já que propaga dia e noite genericamente que está fazendo a “política do bem” e promovendo a “agenda da modernidade”, imaginando-se um estadista, Zé Eliton vai ganhar de que jeito? Por inércia? Em política, isso não existe. Inércia significa vácuo e vácuo é rapidamente ocupado.

 

Resultado: Caiado segue em 1º lugar nas pesquisas e Daniel alterna com o governador o 2º lugar. E Zé Eliton segue discursando perante plateias frias e pouco reativas, alimentadas pelos benefícios do Estado(veja a foto, leitor).

 

Não é exagero afirmar: a estratégia de Zé Eliton é inédita na história política do mundo.

 

Ninguém nunca ganhou uma eleição sem fazer campanha, apenas apresentado-se como acima do bem e do mal.