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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

13 jul

Episódio Tejota acelera o ritmo da campanha, deixa o governo às tontas e isola Daniel Vilela, que pode até ser candidato, mas não terá nem sequer um partido nanico para chamar de seu

Em linguagem futebolística, o senador Ronaldo Caiado marcou gol de placa com o anúncio do deputado estadual Lincoln Tejota como candidato a vice-governador na sua chapa.

 

A notícia colheu a base governista de surpresa e deixou Zé Eliton e Marconi Perillo – que nem estava em Goiás, mas em São Paulo, supostamente coordenando a candidatura presidencial de Geraldo Alckmin – às tontas e com a credibilidade abalada perante os aliados.

 

Mas o pior sobrou para Daniel Vilela. O emedebista, se for até o fim na disputa pelo governo e parece que vai, irá sozinho, sem nem um reles partidinho nanico para chamar de seu. Ele já perdeu o PHS, que esteve a um passo de anunciar apoio, mas recuou e agora perde também o PRP, de Jorcelino Braga, que liberou Jorge Kajuru para figurar como candidato a senador na chapa de Caiado, levando a sigla, é claro. E tudo isso sem falar no MDB dividido, com a poderosa ala dissidente do partido tirando apoio de Daniel sem parar e levando para o candidato do DEM.

 

O filho de Maguito Vilela é novo, mas já tem tempo de estrada suficiente para saber que política tem regras que são imutáveis em todos os tempos: sozinho, ninguém ganha eleição. E com a sua própria casa dividida, menos ainda.