Crise com o PTB, dentro da base governista, deflagrada pela imposição de Lúcia Vânia na 2º vaga ao Senado, atropelando Demóstenes, é praticamente insolúvel
Não vai ser fácil para Marconi Perillo e José Eliton encontrar uma solução para a crise do PTB, que se rebelou dentro da base governista a partir do anúncio de que a 2ª vaga ao Senado é de Lúcia Vânia, em detrimento de Demóstenes Torres.
O episódio foi mal conduzido pela articulação política palaciana, que não negociou ou sequer comunicou oficialmente ao PTB ou ao seu maior líder, Jovair Arantes, a opção pela senadora.
O que agrava o problema é que não há mais como acomodar o partido na chapa majoritária comandada pelos tucanos. Só restam em aberto a vice-governadoria e as suplências senatoriais. Essas, são consideradas como um quinhão muito pequeno e incompatível com a importância do PTB. E a vice está destinada a um indicado da confiança de Marconi, que pode ser Raquel Teixeira ou Thiago Peixoto ou alguém com o mesmo perfil. Sem falar que Jovair não tem nomes para indicar para a posição, a não ser o de Demóstenes – que não preenche os requisitos de confiança tanto de Marconi quanto de Zé Eliton.
Aparentemente, o impasse não tem solução possível, a não ser que o PTB aceite permanecer na base a troco de nada além de espaço para os seus candidatos proporcionais – o que, a rigor, não depende de ninguém, a não ser do próprio partido.