Ibope/Adial desnuda o fracasso da estratégia palaciana: 3 meses de exposição “administrativa” de Zé Eliton como governador, que o tornariam mais conhecido, não renderam pontos nas pesquisas
A estratégia adotada por Zé Eliton, assim que tomou posse no Palácio das Esmeraldas, há três meses, foi a de se empenhar no rame-rame diário do governo, participar intensivamente de inaugurações e entregas de benefícios pelo Estado afora e, com isso, se tornar mais conhecido e subir nas pesquisas.
A pesquisa Ibope/Adial, publicada pelo Diário da Manhã neste sábado, mostra que o governador continua emparelhado com o deputado federal Daniel Vilela em 2º lugar, mais ou menos na mesma faixa de pontos que vinha sendo captada pelos levantamentos publicados nas últimas semanas: Eliton tem 11% e Daniel 10%, o que configura empate técnico, de 3 pontos para mais ou para menos. E Caiado lidera com o mesmo percentual de sempre, vencendo no 1º turno. Nada mudou.
Veja o que escreveu o jornalista Helvécio Cardoso, dois meses atrás, prevendo o insucesso da estratégia governista:
“A crença de que a posse e o manejo da máquina administrativa darão a vitória a Zé Eliton é mais um componente de ingenuidade das avaliações governistas. Não é o bastante. É preciso saber tirar partido dessa vantagem. Manter uma política meramente de rotina administrativa não ajuda muito”, pontuou o jornalista.
Helvécio Cardoso acrescentou que o governador é vítima de uma estagnação que o mantém congelado nas pesquisas e que, “para quebrar essa inércia, teria que redirecionar o seu governo e tomar as rédeas da política. Ele não fará isso, claro. Está obstinadamente convencido de estar na direção certa, e deve acreditar que as coisas vão mudar naturalmente”, avaliou.