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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

14 jul

Maior erro de Zé Eliton foi não agregar a base governista e acreditar que poderia vencer a eleição como “candidato do governo”, ou seja, só pela força do cargo e sem a legitimação política do grupo

Qual a diferença entre o bem sucedido vice Alcides Rodrigues, que ganhou para governador em 2006, e esse outro vice, Zé Eliton, que está enfrentando dificuldades terríveis para se viabilizar como candidato a governador na eleição deste ano?

 

A resposta é que Alcides, político experimentado e com histórico de outras eleições vitoriosas, trabalhou duro para agregar a base, entendendo corretamente que ele só teria chances se fosse o candidato da base, assumido pela base – e não o “candidato do governo”, movido só pela força do cargo de governador.

 

Candidato do governo traz um gosto amargo de imposição e não ganha eleição. Candidato da base governista, pode ganhar.

 

Sem experiência política e sem vocação para liderar, Zé Eliton tornou-se candidato a governador em função de que assumiria o cargo de governador e não como produto de um consenso da base, legitimado pela vontade da maioria dos seus nomes de expressão.

 

Vale lembrar as palavras do presidente da Assembleia, outro Zé, o Vitti, em fevereiro deste ano, avisando que Zé Eliton não estava consolidado como candidato da base e apontando falhas no diálogo do então vice com os políticos envolvidos na coligação liderada pelo PSDB.

 

É uma advertência que continua válida até hoje.