Herança maldita de Marconi, ou seja, a grave situação financeira do Estado, influiu na decisão de Zé Eliton de colocar em avaliação a hipótese de renunciar à candidatura e cumprir o mandato-tampão até o fim
O governador Zé Eliton desabafou a auxiliares do seu círculo íntimo indicando que não está disposto a carregar nas costas a herança maldita que recebeu de Marconi Perillo, expressa nas graves dificuldades financeiras que o Estado enfrenta.
Por isso, ele passou a admitir a hipótese de renunciar à candidatura ao governo, que está também pressionada pelo seu mau desempenho nas pesquisas e pela radicalização de partidos da base, que ameaçam mudar de lado.
O maior exemplo é a decisão que Zé Eliton foi obrigado a tomar, lançando mão de uma transferência de R$ 70 milhões do governo federal, destinada ao pagamento do salário escola e do auxílio ao transporte de alunos pelas prefeituras, para completar a folha de pagamento do mês de junho.
Esse foi, aliás, o verdadeiro motivo do pedido de demissão do secretário da Educação, Marcos das Neves, que não aceitou o desvio dos recursos, cujas consequências penais podem ser graves para ele.