“Marconização” da campanha de Zé Eliton, com a nomeação de “coordenadores” identificados com Marconi, é outro erro, que reforça a imagem de dependência e falta de personalidade do candidato
Em uma sucessão de erros, que estão custando caro para a afirmação da sua candidatura, o governador Zé Eliton cometeu mais um ao entregar a sua campanha, na semana passada, a um grupo de “interventores” , quer dizer, “coordenadores” fortemente identificados com o ex Marconi Perillo.
Os sabidos do Palácio das Esmeraldas , na verdade, queriam com a criação dessas “coordenações” e sua ocupação por nomes marconistas atingir um objetivo básico: prevenir a responsabilização isolada de Zé Eliton por um eventual naufrágio nas urnas, cuja culpa pode a partir de agora ser dividida com Marconi.
O símbolo da “marconização” da campanha de Zé Eliton é o presidente da Agetop, Jayme Rincón, carne e unha com o ex-governador, que prometeu se afastar do cargo para “coordenar” a campanha em Goiânia – atividade para a qual não tem qualificação nenhuma, por falta de experiência eleitoral e por nunca ter sido candidato a nada, limitando-se a atuar como tesoureiro nas campanhas tucanas de 2010 e 2014 (desta última a qualidade do seu trabalho pode ser atestada pelas dívidas milionárias que estão sendo cobradas na Justiça de Zé Eliton, Marconi e do PSDB).
A presença do ex-governador e do seu grupo imediato na campanha mantém acesa e forte a principal mancha que o eleitorado enxerga em Zé Eliton: é um fantoche, um pau mandado, um político sem personalidade própria, um segundinho, uma sombra de Marconi, a garantia de que nada vai mudar e que tudo que foi a marca dos últimos 20 anos de poder seguirá vivo nos próximos quatro anos se o atual governador vencer a eleição. Isso tira votos.