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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

18 ago

Pesquisas mostrando Zé Eliton sem crescer, há meses, confirmam que ele não tem qualidades como candidato, erra muito, insiste nos erros, não tem capacidade de reação e está preso ao passado

Há algo de muito desacertado com o Zé Eliton que é o candidato a governador pela coligação chefiada pelo PSDB.

 

Há quase um ano, ele patina nas pesquisas, chegando, pelo menos nas de maior credibilidade, a no máximo 10% das intenções de voto. Não cresce. A base governista dizia que não subia porque não era conhecido, que assumindo o governo, como assumiu em 7 de abril, seu nome se espalharia pelo Estado e os pontos a mais viriam em cascata. Não vieram. Mais de quatro meses como governador-tampão foram desperdiçados em uma estratégia atrapalhada, a de evitar se posicionar como candidato e se apresentar como um estadista preocupado com a “política do bem” e a “agenda da convergência”, coisas que a maioria dos goianos não entende o que é.

 

Mesmo ficando patente que esse caminho não estava funcionando, Zé Eliton insistiu no erro. E, pior, não mostrou capacidade de reação. Continuou com o seu discurso empolado, morno, insosso, baseado apenas nas suas supostas boas intenções e, mais grave, ancorado no passado, na defesa de um tal “legado” do ex-governador Marconi Perillo e de tudo o que foi feito nos últimos 20 anos, o mesmo autoengano que levou o PMDB e Iris Rezende à derrota em 1998..

 

Mas eleição não é para aprovar o que já foi feito. Eleição é futuro, conforme estão demonstrando as campanhas de Ronaldo Caiado, que lidera as pesquisas absoluto em 1º lugar, e de Daniel Vilela, que segue empatado com o governador em 2º lugar, mesmo sem dispor de uma fração da máquina e das vantagens à disposição de quem ocupa o cargo de governador. Eles não olham para trás. Está claro que Zé Eliton não tem qualidades como candidato. Não é político, não tem humildade para admitir os equívocos, não soube motivar a base governista e quer ser eleito para continuar o que, hoje, não é aprovado pela população – na última pesquisa Ibope/O Popular, 73% consideraram a sua gestão como regular, ruim e péssima.

 

É por tudo isso que afirmar que Zé Eliton vai perder a eleição não é chute ou futurologia. É a lógica.