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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

29 set

Notou, leitor? Marconi, ao falar nesta sexta sobre a Operação Cash Delivery, não negou ter recebido os repasses da Odebrecht e nem disse que Jayme Rincón, se fez alguma coisa, o fez por conta própria

O ex-governador e candidato ao Senado passou o dia de sexta acusando a Operação Cash Delivery de ser “eleitoreira” e de ter sido comandada pelo senador Ronaldo Caiado- linha de defesa totalmente sem sentido, mas provavelmente a única possível para o tucano neste momento, a poucos dias da data da eleição.

 

Veja bem, leitor: Marconi não negou, em momento algum, ter sido o destinatário das propinas da Odebrecht entregues a Jayme Rincón. Também não afirmou que, se o seu ex-auxiliar fez alguma coisa, o fez por conta própria e que ele, Marconi, não tem nada a ver com nada.

 

Ou seja: tratar Rincón, que é um arquivo vivo, com cuidado e não o melindrar é uma imposição para Marconi, que não pode abandonar em hipótese alguma o presidente licenciado da Agetop (ele não vai ser demitido pelo governador Zé Eliton?). A operação Cash Delivery é derivada da Operação Lava Jato e, portanto, tem expertise em delação premiada – tentação em que o mais ilustre prisioneiro do Estado, se nela cair, o levará a arrastar meio mundo da política estadual com ele.

 

Não é exagero dizer que Zé Eliton também tem o mesmo “compromisso” com Jayme Rincón, o homem que sabe demais.