Aumentos salariais concedidos por Caiado a fatias do funcionalismo não seriam permitidos se Goiás estivesse no Regime de Recuperação Fiscal que o novo governo tanto almeja
O governador Ronaldo Caiado surpreendeu nesta segunda-feira, quando, prestes a completar um mês de mandato, convocou uma entrevista coletiva e anunciou medidas que, na prática, resultarão em aumentos salariais para faixas do funcionalismo da Educação e Segurança, implicando em um acréscimo mensal de R$ 50 a 60 milhões na folha de pagamento.
Caiado reajustou em quase 50% os vencimentos dos 19 a 20 mil professores temporários, extinguiu a 3ª classe da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros e promoveu todos os soldados dessa categoria para a 2ª classe, concedeu vale alimentação de R$ 500 reais para todos os servidores da Educação e o estendeu também a todos os funcionários de todas as pastas, desde que ganhem até R$ 5 mil reais.
Nenhuma dessas decisões poderia ser tomada pelo governador caso o Estado tivesse sido incluído no Regime de Recuperação Fiscal, que é o sonho dourado de Caiado. Todas batem de frente com o discurso de dificuldades financeiras em que Goiás estaria vivendo em razão dos “erros e crimes” que os governos anteriores estão sendo acusados de ter praticado. A quitação do restante da folha de dezembro continua em aberto e não foi mencionada na entrevista do governador.