Caiado demitiu a diretoria e mandou pegar de volta o dinheiro irregularmente pago a um escritório de advocacia. Só falta agora extinguir a Goiasparcerias, que nunca fez uma unica parceria toda a sua existência
O governador Ronaldo Caiado somou pontos ao seu governo e à sua imagem ao agir com rapidez no caso do suspeitíssimo contrato de advocacia celebrado pela Goiasparcerias: demitiu à jato a diretoria e mandou pegar o dinheiro de volta (os R$ 172 mil que haviam sido adiantados, de um valor total de R$ 402 mil). Ótimo, é assim que se faz. Nos governos passados, até auxiliares presos continuavam em seus cargos, caso de Jayme Rincón, que foi mantido pelo governador tampão Zé Eliton na presidência da extinta Agetop por quatro dias após trancado na cadeia.
Isso, pelo visto acabou. Mas falta o governador Ronaldo Caiado dar o próximo e necessário passo: extinguir a Goiasparcerias, uma estatal que consome recursos desde que foi criada pelo ex-governador Marconi Perillo há mais de 10 anos e… nunca celebrou uma única parceria.
Parece mentira, mas não é. Ninguém sabe com exatidão para que serve a Goiasparcerias ou por que a sua continuidade poderia trazer algum benefício para a população. É o mesmo que ocorre com a Iquego ou a Agência ABC, monstrengos estatais que fizeram sentido nos tempos d’antanho, mas hoje perderam a relevância e cumprem o destino inglório de drenar pelo ralo recursos preciosos dos cofres estaduais.