Iris e Marconi são as grandes lideranças do passado político de Goiás, ainda em evidência, mas com uma diferença: enquanto um, o emedebista, ficou firme após a queda, outro, o tucano, fugiu para São Paulo
Há muitas semelhanças nas histórias do PMDB, hoje MDB, e o PSDB e os períodos em que estiveram à testa do poder em Goiás, ambos, no final dos seus respectivos ciclos, desembocando em uma queda monumental.
Uma delas é o fato de serem partidos cada um com uma grande liderança, Iris Rezende, em um caso, Marconi Perillo, noutro. Mas entre eles há uma enorme diferença: depois da derrota, Iris não fugiu e seguiu ocupando o seu lugar na política estadual, enquanto Marconi bateu em retirada para São Paulo de mala e cuia, praticamente nunca mais retornando ao palco estadual, abrindo mão de tudo o que construiu em seus 20 anos de poder.
Essa é a queixa que se ouve nos bastidores do PSDB, principalmente com a sequência de encontros regionais que o partido promove nos municípios, em que a ausência do ex-governador se torna gritante: Iris, no seu tempos de planície, participava de todos os eventos, enquanto Marconi não vai a nenhum. A comparação é inevitável e a conclusão mais ainda: Iris não abandonou os seus. Já Marconi não quis e não quer saber de ninguém, recolhido ao seu esconderijo em São Paulo.