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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

16 out

Favas contadas: antecipação da eleição do próximo presidente da Assembleia será aprovada nesta quinta e em 2ª votação na próxima terça; após, no dia 29, Lissauer Vieira será reeleito com ampla maioria

Trinta dos 41 deputados estaduais se reúnem na noite desta quarta-feira, 16 de outubro, em um hotel de Goiânia, não divulgado, para sacramentar a antecipação da eleição do próximo presidente da Assembleia – através de uma mudança no regimento interno que será apreciada nesta quinta e em seguida em 2ª votação na terça vindoura. Consumada assim a base jurídica, Lissauer Vieira será reeleito para o cargo que já ocupa no próximo dia 29, uma terça, ou seja, daqui a apenas quatro sessões, contadas a partir desta quinta,  uma vez que a semana que vem contará com apenas duas plenárias devido ao feriado da data da fundação de Goiânia.

 

Essa é a marcha dos acontecimentos que, consolidada em pacto selado por 30 deputados até agora, não tem como ser interrompida. Daqui a pouco, eles vão inclusive assinar um documento nesse sentido. Os 11 parlamentares que ficaram de fora (entre eles Dr. Antonio e Álvaro Guimarães), por acreditar na possibilidade de reação a partir de uma intervenção do governador Ronaldo Caiado, apoiando contra o projeto de Lissauer Vieira a candidatura de Zé Carapô a presidente, não têm forças suficientes para mudar o curso dos acontecimentos – sendo possível até que alguns venham aderir à maioria estabelecida.

 

O deputado Iso Moreira, que lidera o grupo de colegas autodenominado de Amigos do Bem, fechou coma reeleição do atual presidente, o que eliminou qualquer possibilidade de alteração no cronograma a ser cumprido de amanhã até o dia 29 (mas, se isso no final das contas for necessário, a diferença será de uma ou duas sessões). Em paralelo, o secretário de Governo Ernesto Roller corre para tentar convencer o governador Ronaldo Caiado a dar uma declaração público reafirmando não interferir em assuntos internos da Assembleia e respeitar toda e qualquer decisão soberana do Poder. Na prática, isso significaria uma espécie de consenso em torno de Lissauer Vieira e a definição de uma política de boa convivência entre o Legislativo e o Executivo nos próximos três anos e poucos meses.

 

Mesmo porque, contra, não há o que fazer.