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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

17 nov

Rede de mentiras montada pelo MDB em torno da situação de Maguito, com o intuito de aproveitar eleitoralmente a doença que o acomete, continua: cadê os boletins médicos desta terça, 17 de novembro?

Não acabou, ao contrário, continua ativa a rede de mentiras montada pelo MDB em torno do estado de saúde do candidato do partido a prefeito de Goiânia Maguito Vilela, internado na UTI do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo e no momento em condição física desconhecida – sabendo-se apenas que não é menos do que gravíssima.

Onde estão os boletins médicos oficiais do Albert Einstein sobre Maguito referentes a esta terça-feira, 17 de novembro? Em casos de figuras públicas como o emedebista, desde que a família autorize, são divulgados dois informes por dia, um pela manhã, outro à tarde. Essa regra, explícita no  site do hospital, nunca foi cumprida quanto ao candidato que venceu o 1º turno em Goiânia, com a sua doença fortemente explorada pela campanha, inclusive aproveitando-se da trégua respeitosamente declarada pelos adversários para atacar desonestamente o seu principal concorrente, Vanderlan Cardoso. Se não há boletins, é porque primeiro obviamente não foram autorizados por quem de direito e segundo evidentemente porque há o que esconder.

Além de reescrever e mudar a formatação dos poucos boletins médicos oficiais emitidos pelo Albert Einstein, o MDB, sob o comando do filho Daniel Vilela, mentiu descaradamente desde quando começou a provação de Maguito, em um esforço claramente focado para iludir o eleitorado goianiense e levá-lo a acreditar que não havia nada de mais sério e que a alta hospitalar ocorreria a qualquer momento. No último domingo, 15 de novembro, data da eleição, por volta das 10 horas da manhã, Daniel deu uma entrevista a uma emissora de rádio assegurando que o pai estava bem e que logo estaria de volta a Goiânia, quando, na verdade, naquele momento ele já havia sido reintubado na madrugada devido a piora provocada por mais um avanço da inflamação dos pulmões, à qual se acrescentou uma infecção oportunista que está se aproveitando do enfraquecimento geral do paciente.

Se Maguito tivesse melhorado, em algum momento do seu calvário hospitalar, como o MDB, Daniel e o médico-genro Marcelo Rabahi sempre asseguraram, não estaria hoje enfrentando uma luta terrível pela vida, com os seus sinais vitais em algum nível fora de controle e perto de recorrer a medidas heróicas, como o recrutamento alveolar (um procedimento perigosíssimo para recuperar alguma capacidade pulmonar) ou a hemodiálise, já que o sistema renal das vítimas da Covid-19, ainda mais sem resistência nenhuma como se sabe que são as circunstâncias do candidato emedebista, é um dos primeiros a falhar com uma progressão como a que está acontecendo.

A manipulação eleitoral, que ainda será desvendada a depender do desfecho de tudo, é tão antiética, politicamente falando, quando possivelmente terá representado um risco a mais para ele, na medida em que pode ter influído no tratamento, diante da necessidade da campanha de mostrar um prognóstico otimista e não, como deveria ser, simplesmente realista. O MDB cometeu dois crimes: um contra Goiânia e outro contra o próprio Maguito.