Qualquer um, internado em Goiânia, nas condições de Maguito, já teria ido a óbito. Ele só está vivo e tem chances de salvação, embora remotas, porque está em um hospital top e pode pagar a conta
O candidato do MDB Maguito Vilela encontra-se hoje em uma condição de saúde tão aguda que suas chances de sobreviver, infelizmente, estão perto de zero, conforme fontes médicas ouvidas por esse blog. A avaliação geral é que ele só está vivo e ainda tem chances teóricas de salvação porque foi internado em um hospital top de linha, assistido por uma equipe de altíssimo nível profissional, onde as despesas correm a peso de ouro. Em Goiânia, alguém padecendo ao coronavírus como Maguito já teria ido a óbito.
É duro, mas é verdade. E a verdade, seja qual for o preço, tem de ser dita. Assim como não pode ser ocultado que a candidatura de Maguito, em meio a pandemia, foi um passo desafiador, dada a sua falta comprovada de resistência depois que duas irmãs, também idosas como ele, morreram em um espaço de 10 dias, vitimadas pela nova doença. Na campanha, não só ele foi imprudente, expondo-se sem máscara em eventos seguidos, como não foi protegido por qualquer assessoria montada em especial para isso pelo partido, nem pelos seus familiares e muito menos pelo filho Daniel Vilela. Todos foram negligentes, diante da fragilidade orgânica prenunciada para o candidato.
Outro fato que ninguém pode negar é a manipulação eleitoral que o MDB e Daniel fizeram do padecimento do candidato.. Lamentavelmente, continuam fazendo. Não é exagero dizer que eles mentiram do começo até o presente momento, sempre passando visões otimistas, comemorando melhoras que nunca aconteceram, anunciando altas hospitalares que foram desmentidas pela escalada de agravamento do paciente. Relembrando: primeiro, ele ficou dias em casa depois de contaminado, perdendo um tempo precioso para o seu tratamento, depois foi para um quarto comum de hospital, em seguida para a UTI e após transferido para São Paulo, onde acabou na UTI do Hospital Albert Einstein, intubado, extubado talvez precocemente, e agora submetido a respiração e coração mecânico, além de hemodiálise, tudo devido ao agravamento contínuo do seu quadro que o MDB e Daniel insistiam em negar.
Maguito, de certa forma, repete Tancredo Naves, igualmente vítima da adulteração do enfrentamento para a defesa da sua saúde até chegar a um desfecho que talvez pudesse ser evitado. Há indícios de que algumas decisões sobre a sua assistência médica podem ter sido movidas pelo foco eleitoral, embora, por ora, isso não possa ser provado. De alguma forma, ele é vítima. Mas é algo que, no futuro, precisará ser investigado. O MDB, Daniel Vilela e o médico Marcelo Rabahi precisarão, oportunamente, de prestar esclarecimentos sobre todas essas dúvidas.