Voto em Maguito, em grande parte por compaixão e se ele ganhar, vai entregar a administração de Goiânia para o desconhecido Rogério Cruz, que será tutelado por Daniel Vilela
A eleição para prefeito de Goiânia foi completamente distorcida pela infecção pelo coronavírus do candidato do MDB Maguito Vilela, mais ainda diante da exploração eleitoral que a sua campanha fez e faz dessa tragédia humana, e caminha para entregar a administração da cidade, caso o emedebista conquiste a vitória, ao candidato a vice Rogério Cruz. Trata-se de um político do baixíssimo clero, pastor da Igreja Universal, que aparentemente está muito abaixo das exigências de uma cidade de 1.5 milhão de habitantes e problemas urbanos cada vez mais complexos. Não se sabe quem é.
As goianienses e os goianienses podem e devem colocar no radar: na hipótese de Maguito vencer o 2º turno, quem estará sendo eleito é Rogério Cruz. Isso porque ele, Maguito, internado em estado grave no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, não se recuperará tão cedo e talvez nem se recupere plenamente, escapando de um desfecho ruim, mas perdendo por um tempo indeterminado e quem sabe para sempre as condições físicas e intelectuais para trabalhar em uma atividade pesada como o comando do Paço Municipal – em função dos variados graus de limitação a que estará submetido.
Ou provisoriamente, por meses, ou por um período que não pode ser determinado de antemão que pode alcançar o mandato inteiro, já que a convalescença de pacientes da Covid-19, no estágio a que o candidato do MDB chegou, é algo difícil de determinar com precisão, Rogério Cruz deve ser guindado ao cargo de prefeito – para o qual ninguém sabe se estará preparando ou conhece o que pensa para a gestão de Goiânia. Uma previsão pode ser feita a partir daí: para não perder o controle da cidade para o segmento evangélico radical, haverá uma pressão do MDB no sentido de impor Daniel Vilela para tutelar o vice prestes a assumir a vaga principal, através de uma posição de destaque no secretariado municipal. Na prática, essa situação já acontece na campanha.
Quais as reais condições do vice para assumir o desafio que o destino está trazendo para ele? É uma resposta que o próprio MDB está se negando a dar, o que só alimenta as suspeitas de que não se trata de uma solução ideal. E Rogério Cruz nem sequer é emedebistas, mas filiado ao Republicanos, que o indicou, por conta das articulações do deputado federal João Campos (que tem forte relação de amizade com Daniel Vilela) para compor a chapa com Maguito.