Maguito piorou com nova infecção pulmonar, nesta quinta, apenas 3 horas depois de Daniel Vilela mais uma vez “comemorar” a sua boa evolução e anunciar que ele poderia passar o aniversário em casa
Seria cômico se não fosse trágico; nesta quinta, 7 de janeiro, o presidente estadual do MDB Daniel Vilela mais uma vez “comemorou” a boa evolução do pai Maguito Vilela – internado na UTI do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, inicialmente para tratar de um ataque da Sars-Cov-2, já superado, e em seguida para tentar minimizar o efeito das sequelas que recaíram sobre o seu organismo e até o momento ainda não dimensionadas em toda a sua extensão. Às 13h30m, o site G1-Globo publicou declarações de Daniel festejando avanços no estado de saúde do prefeito eleito de Goiânia e adiantando que a situação do paciente seria tão favorável que já se cogitava de uma alta hospitalar a curto prazo para que ele tivesse a oportunidade de celebrar o aniversário em casa, no dia 24 de janeiro, quando fará 72 anos.
Pois bem. Pouco mais de três horas depois, às 16h39m, a mesma página do G1-Globo postava uma matéria urgente, agora revelando uma piora das condições de Maguito, da maior gravidade. Ele foi assaltado por uma infecção pulmonar provavelmente causada por bactérias super-resistentes que circulavam na UTI do Albert Einstein e teve que voltar ao coma induzido e à ventilação mecânica plena, passando novamente enfrentar o risco de um desfecho mais sério. Que infecção é essa e qual a sua origem, o lacônico boletim médico oficial não detalhou. Se for mesmo uma superbactéria, Maguito ingressou em um nível crítico de sobrevivência diante da perda da capacidade dos pulmões (tanto que não pôde ser liberado do respirador artificial) e do enfraquecimento geral do seu organismo, perda de peso e outras consequências drásticas da sua prolongada submissão a máquinas e procedimentos medicamentosos, tudo isso somado à deletéria e perniciosa imobilização no leito hospitalar.
As “comemorações” de Daniel Vilela, sempre seguidas deterioração do quadro clínico de Maguito, já se transformaram em rotina para as goianas e os goianos. Elas ocorrem dentro de objetivos estratégicos bem definidos, a exemplo da manipulação de informações às vésperas dos dois turnos eleitorais e também nos dias que antecederam a data da posse. Em vez de reconhecer e abrir o jogo sobre as circunstâncias físicas do pai enfermo, salta à vista a intenção de mostrar otimismo com um iminente retorno à vida normal, primeiro, na época da campanha, para garantir a preservação das intenções de voto no então candidato do MDB a prefeito e depois, como o foi nesta semana, para minimizar o efeito negativo da quebra de expectativas quanto ao que se esperava para a gestão do Paço Municipal. Esqueçam, leitoras e leitores: Maguito não vai assumir a prefeitura. Se, por um milagre, isso algum dia for possível, vai demorar muito tempo.