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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

12 jan

Mau sinal: ao contrário do que ocorreu até agora, boletins médicos oficiais do Hospital Albert Einstein sobre o paciente Maguito Vilela apontam para quadro dramático

O último boletim médico oficial do Hospital Albert Einstein sobre o paciente Luiz Alberto Maguito Vilela, nesta terça, 12 de janeiro, revela, ao contrário de todos os anteriores, um quadro dramático: Maguito, diz textualmente o documento, “segue na UTI, em diálise contínua, sedado, traqueostomizado em ventilação controlada, em tratamento de infecção pulmonar grave e drogas vasoativas em altas doses”. Acabou aquela estória de “estável” ou “reagindo bem ao tratamento” ou ainda “em fisioterapia” que sempre foi a tônica dos boletins divulgados até agora, ou seja, aqueles que adotavam uma linguagem capaz de sugerir a recuperação do doente. O tom, conforme a leitora e o leitor podem conferir, passou a ser, digamos assim, de uma objetividade dura e pouco ou nada voltada para ocultar informações, ao dar detalhes, por exemplo, como a da administração de “drogas vasoativas em altas doses”.

Isso significa que o coração de Maguito está debilitado. Antes, falava-se em “diálise”, apenas, e como “suporte para superar a elevada aplicação de drogas”, mas tudo mudou e a referência passou a ser feita a uma “diálise contínua”. Tudo conflui para a caracterização de uma deterioração gravíssima do estado de saúde de Maguito. Gravíssima. Que não se economizem adjetivos, infelizmente aplicáveis ao caso: em evoluiu para uma condição desesperadora. Provavelmente passou por uma drástica perda de peso, devido à internação prolongada, perdendo amplamente a sua capacidade de reação. Está nas últimas. Não valem nada as palavras vazias do filho Daniel Vilela, há pouco mais de uma semana atrás, prevendo o iminente restabelecimento do pai: “Nosso prefeito, amigo e companheiro Maguito está se recuperando cada dia mais. Graças a Deus e as orações de todos vocês, ele já não faz mais uso constante de sedativos, segue os procedimentos médicos de recuperação com positividade e muito otimismo e se prepara para voltar a falar após o procedimento de traqueostomia”. O triste, em tudo isso, é que Daniel Vilela sempre teve informações privilegiadas sobre o que ocorre na UTI do Albert Einstein, mas preferiu ocultar a verdade para garantir os dividendos políticos inerentes primeiro à eleição e depois à posse do Paço Municipal – que Maguito, mesmo se sobreviver, jamais terá condições de assumir diante das sequelas que enfrentará.

Salvar Maguito não é impossível, mas é tarefa para Jesus.