Captura e morte de Lázaro Barbosa: os equívocos na avaliação da operação policial, que beirou 100% de eficiência e resolveu o problema sem novas mortes ou sequer feridos
Uma jornalista de renome escreveu em um diário de primeira linha, O Popular, que a demora na captura do assassino Lázaro Barbosa configurava o fracasso da política de segurança do governador Ronaldo Caiado. Uma insanidade, mas previsível da parte de quem acreditava, na época em que os hospitais estaduais foram transferidos à administração das organizações sociais, que bastaria um paciente sem atendimento para caracterizar o insucesso do governo na área de Saúde. Em um e outro caso, aberração travestida de opinião abalizada e, também em um e outro caso, conclusão que ofende a lógica mais simples e o respeito que profissionais de imprensa deveriam ter diante dos fatos.
A operação policial que caçou Lázaro Barbosa beirou os 100% de eficiência. Pacientemente, o secretário de Segurança Rodney Miranda cansou-se de explicar que a estratégia adotada era a de certo, com o objetivo de minar a capacidade de resistência do procurado e, principalmente, garantindo que fizesse novas vítimas, inclusive entre as forças policiais, o que é mais do que legítimo. Provavelmente, para que cada passo fosse dado com a certeza de evitar riscos, é que o desfecho demorou três semanas, mas acabou chegando inexoravelmente diante do meticuloso aperto que foi sendo aplicado à busca.
Para que uma política de segurança ou de saúde seja definida como fracassada não se pode considerar exemplos isolados, lembrando que o assassino de Brasília não escapou e que os hospitais estaduais deixaram as manchetes dos jornais. O que vale são as estatísticas que mostram o comportamento geral e essas, em especial no caso da criminalidade em Goiás, podem ser definidas como espetaculares em termos de redução de ocorrências – a tal ponto que o preço do seguro de veículos foi reduzido diante do quase desaparecimento dessa modalidade delituosa no Estado.
Gostem ou não, a repressão policial é duríssima em território goiano, atestada pelo elevado número de mortes de bandidos em confrontos policiais, mais de 800 no ano passado, comprovando que caminhar à margem da lei é uma opção de vida arriscada desde que o governador Ronaldo Caiado assumiu.