Prefeitura de Goiânia dá show de incompetência na vacinação e irrita a população, porém o mais grave é deixar quem tem direito correndo risco de vida sem a imunização, como os portadores de comorbidades
A lambança no processo de vacinação contra a Covid-19 em Goiânia segue à vontade. O aplicativo da prefeitura não funciona, conforme nova denúncia publicada em O Popular desta quarta, 7 de junho, provocando congestionamentos nos pontos onde o impossível agendamento não é exigido. E faixas da população que deveriam estar sendo imunizadas, como os portadores de comorbidades (e se alguém descobrir agora que tem uma comorbidade, não vacina?), deixaram de ser atendidas – sem qualquer explicação. A comunicação do Paço Municipal, nesse particular, é confusa, servindo mais para alimentar as manchetes negativas do que para efetivamente orientar as cidadãs e os cidadãos.
Seria mais uma demonstração de incompetência da prefeitura da capital, que sempre foi incapaz de lidar com a sua obrigação de levar vacinas para as goianienses e os goianienses, não só a que previne a Covid-19, mas as de todo o espectro da área. Mas dessa vez é um pouco pior, já que não existe drama pessoal maior, no momento, do que ter direito às preciosas doses e não as receber, contraindo a nova doença enquanto isso. Em especial, no caso das pessoas com comorbidades, há mais de 15 dias “proibidas” de se vacinar. Não tem sentido. E, aliás, não é drama, e, sim, tragédia.
Prefeitura, em qualquer cidade, é prestação de serviços. E não há nenhum mais importante do que garantir com eficiência as vacinas que evitam a proliferação de enfermidades e até mesmo a morte, a que estão expostos os acometidos pela praga. O prefeito Rogério Cruz precisa acordar, ler os jornais, tomar as providências que está negando para Goiânia e deixar claro que tem consciência das responsabilidades do cargo que ocupa
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