Oposicionistas Mendanha, Vitor Hugo e Wolmir têm a cabeça oca, não sabem o que é campanha majoritária, nunca produziram um único fato novo e são alheios à sociedade que querem representar
Nada é mais terrível do que a idade, leitoras e leitores. A que vai avançando no tempo, claro. Mas há vantagens. Uma delas é a experiência. O autor desse blog já viu muitas, mas muitas mesmo, eleições para o governo do Estado. Nunca, no entanto, uma como a atual em Goiás, diante de um gigante como o governador Ronaldo Caiado enfrentando adversários – já escrevi aqui e repito – pouco mais que insetos políticos, pois são o que são Gustavo Mendanha, Vitor Hugo e Wolmir Amado.
É um direito democrático desses três postular o mandato desejado, óbvio. Deve-se respeitar. Mas era de se esperar que mostrassem potencial para a aventura proposta. Disputar o governo de um Estado tem as suas exigências. Preparo pessoal, apoio político, representatividade popular. Mas, vejam só, indo de um professor de Educação Física (Mendanha) que nunca leu um livro, a um luminar da academia (Wolmir), que leu todos, passando por um militar brilhante (Vitor Hugo), que leu os errados, não saiu algo de minimamente plausível. São três nulidades. Três inaptos para atender aos paradigmas mais básicos requisitados por uma candidatura ao Palácio das Esmeraldas. Confiram, amigas e amigos, os últimos 40 anos de eleições, desde a redemocratização de 1982: só expoentes da política estadual se confrontaram e polarizaram na busca pelo voto para governador. Até mesmo em 2018, quando também havia um desequilíbrio entre o governador Ronaldo Caiado e seus opositores Daniel Vilela e José Eliton, esses dois pelo menos se mostraram à altura de um embate do ponto de vista intelectual e político e movimentaram o necessário debate eleitoral.
Agora, não. É Caiado a anos-luz dos seus antagonistas. Nem mesmo Wolmir se destaca, apesar dos seus méritos como estrela universitária. Mendanha e Vitor Hugo são pobres-coitados. Os três fazem campanhas abaixo da crítica. Melhor: não fazem. Seus programas no horário gratuito do TRE dão pena. Só sai bobagem. Enquanto o governador aumenta a distância, nas pesquisas, eles ou despencam, caso de Mendanha, que desceu três pontos entre a penúltima e a última pesquisa do Serpes, ou crescem insignificantemente, como o acréscimo de um ponto de Vitor Hugo na mesma comparação, ou ficam no mesmo lugar, como Wolmir e seus ridículos 2,2% de intenções de votos, o menor índice de um representante do PT, em todos os tempos.
Candidatos como esses desmerecem a política em Goiás. Como é que o Estado não foi capaz de produzir uma oposição razoavelmente qualificada? A incapacidade de Mendanha, Vitor Hugo e Wolmir para o que se apresentam como pretendentes privou as goianas e os goianos de um debate útil para a busca de um futuro além das expectativas do presente. Nenhum foi competente para dizer nada. Não formularam um projeto alternativo de poder, alicerce de toda eleição majoritária, quanto a mandatos executivos.
Não à toa, as pesquisas de credibilidade – Serpes e Ipec, por exemplo – desenham com ampla folga para Caiado um cenário de vitória absolutamente confortável no 1º turno, hoje estimada em 66% dos votos válidos. Sim, como consequência da grandeza de um governador sério, honesto, realizador e da sua portentosa biografia colocada a serviço da gestão pública em Goiás, mas, também, com a formidável contribuição da pequenez dos seus concorrentes. Não, isso nunca se viu antes no Estado.