E se Bruno Peixoto concluir que toda unanimidade é burra?
Com uma overdose de discrição, equilíbrio e notável capacidade de articulação, Bruno Peixoto caminha para assumir a presidência da Assembleia Legislativa a partir do fevereiro do próximo ano por escolha consensual dos colegas.
Só falta o apoio de George Morais e Lincoln Tejota, ou seja, 38 deputados já fecharam com ele. Quem conhece os bastidores da Casa sabe que esses dois estão afrontando o pacto de compartilhamento em montagem sob o comando por Bruno Peixoto na esperança de levar vantagens a mais, acreditando que teriam nas mãos o poder de permitir ou não a unanimidade da eleição do novo presidente e que isso teria importância. Tolice, porque não há bobos entre os 41 parlamentares estaduais: qualquer coisa cedida a mais para um logo cairia no conhecimento de todos e o resultado inevitável seria dor de cabeça desnecessária para o presidente.
E equívoco maior ainda porque reza um ditado popular que toda unanimidade é burra. Talvez George Morais e Lincoln Tejota, os dois ou um deles, possam ter a serventia de dar à Mesa Diretora da próxima Legislatura a chance de fugir a esse axioma.