Com pedido de cassação no TRE por gastos irregulares de campanha, Wilder Morais terá a situação complicada se tiver financiado atos antidemocráticos

O senador eleito Wilder Morais está na berlinda. O PP pediu à Justiça Eleitoral a cassação do seu mandato acusando a prática de gastos irregulares de campanha. É um problemão. Mas piorado caso se comprove o seu envolvimento com o fornecimento de recursos para os atos antidemocráticos que culminaram com a invasão dos Três Poderes, em Brasília, no domingo, 8.
Metido a líder oba-oba do bolsonarismo, Wilder pagou as despesas da campanha de Jair Bolsonaro em Goiás. Até aí, normal. O complicador está na continuidade dos gastos. Se as investigações que agora serão aprofundadas mostrarem que ele destinou dinheiro para ajudar nos acampamentos e na loucura terrorista dos ataques ao Palácio do Planalto, ao Congresso e ao STF, ele estará, com perdão da má palavra, ferrado.
Wilder sumiu depois da eleição. Após as urnas, nunca disse nada nem muito menos apareceu sob qualquer motivação. Dizem que estaria preocupado com a sua situação jurídica, mais ainda face às novas luzes da persecução penal instaurada no país na sequência dos desastrosos eventos em Brasília. A conferir.