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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

25 jan

Clima de paz e conciliação toma conta da política em Goiás

Raras vezes na história de Goiás um ambiente de paz e conciliação predominou com tanta força no meio político como agora.

Rapidamente superada, a eleição estadual não deixou cicatrizes abertas, ao contrário da nacional. De forma inédita, o resultado das urnas foi naturalmente absorvido pelos derrotados sem sequelas. Não houve choro ou lamentações e muito menos contestação ou inconformismo. Quem ganhou, ganhou, e quem perdeu, perdeu, como produto do jogo democrático, parece ter sido o entendimento geral.

Ato contínuo, veio a cirurgia de ponte safena do governador Ronaldo Caiado. E o consenso da Assembleia em torno do deputado Bruno Peixoto na presidência, a mudança de tom do presidente estadual do PL e candidato derrotado a governador Major Vitor Hugo (até defendendo um bom relacionamento do senador eleito pelo partido Wilder Morais com Caiado) e, finalmente, a homenagem a Maguito Vilela em Aparecida, quando Caiado e Daniel Vilela se encontraram com Gustavo Mendanha com declarações cordiais de parte a parte.

Paralelamente, o risco de perda dos seus mandatos enfraqueceu a chamada ala radical da oposição, gente como Major Araújo e Delegado Eduardo Prado, na Assembleia, e Gustavo Gayer, na bancada federal, todos do PL, acusado na Justiça Eleitoral de não ter cumprido a cota de gênero na formação das suas chapas proporcionais em 2022. Mais um dado importante: o PL será a partir de agora presidido em Goiás por Wilder Morais, um político de origem empresarial que passa longe de extremismos e, de fato, é muito próximo de Caiado.

Vai daqui, vai dali, por isso e por aquilo, a soma de todas essas variáveis trouxe para a atmosfera política do Estado uma temperança nunca vista antes.